terça-feira, 11 de junho de 2013

HPV nos Homens

Que a sigla sirva de aviso também aos homens. Afinal, trata-se da doença sexualmente transmissível mais freqüente no mundo e, embora conhecida no universo feminino, atinge em cheio o masculino.





Sigla para o equivalente em inglês de Papiloma Vírus Humano, o HPV é a doença sexualmente transmissível de maior incidência em todo o planeta. E se tornará um problema de saúde pública caso não haja um programa eficaz de prevenção, orientação e tratamento. Por ser freqüentemente relacionado ao câncer de colo de útero, é visto como um mal feminino quando, na verdade é, sim senhor, masculino também. Aliás, o homem desempenha quase sempre o papel de 'vilão' nessa história, uma vez que, nele, o vírus é assintomático, o que faz com que passe anos despercebido - enquanto a moléstia continua a se propagar. Hoje estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas - de ambos os sexos e em igual proporção - estejam contaminadas no Brasil, o que significa cerca de 11% da população.
É comum a enfermidade provocar uma ou mais verrugas no pênis, que causam coceira ou, eventualmente, sangramento. O prepúcio (a pele que recobre a glande) é a área de maior incidência de lesões, de 60% a 90% dos casos. O corpo do pênis responde entre 8% e 55%, a uretra de 9% a 21%, o escroto de 5% a 20% e a glande, de 1% a 20% dos casos. O problema é que muitas vezes não se dá a devida importância ao quadro. O auto- exame é a principal forma de acompanhamento, mas, infelizmente, pouco incorporada à rotina masculina. "Em um estudo que realizamos com 490 homens infectados, 39% deles tinham ido à clínica por outro motivo - como impotência e ejaculação precoce - e somente aí descobriram o vírus", diz o urologista Júlio Máximo de Carvalho (SP), diretor do Instituto Garnet, que dedica-se ao tratamento de doenças da área, e responsável pelo treinamento em HPV na rede de saúde do município de São Paulo.
Na mulher o vírus também pode desencadear uma verruga na parte interna ou externa da vagina e corrimento. Casais que compartilham sexo anal correm o risco de apresentar ainda as tais erupções ao redor do ânus. Mas em 80% dos casos o diagnóstico é subclínico, ou seja, requer algum tipo de exame. Uma vez localizada a lesão, deve ser realizada a biópsia.

Maneiras de tratar
Conhecida desde a antiguidade, a enfermidade é popularmente chamada de crista de galo e durante décadas foi combatida de modo rudimentar em farmácias. Hoje, felizmente existem vários tipos de tratamento para eliminar o vírus. Isso pode ser feito com cauterização elétrica, a laser (que não deixa cicatriz) ou por produtos químicos. Medicamentos via ora cremes e injeções para melhorar a imunidade podem ser associados. Vale informar que todo posto de saúde da rede pública está equipado para lidar com o problema gratuitamente.

Fonte: Revista Viva Saúde

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